Vulnerabilidade é a humildade de reconhecer que precisamos totalmente de Deus. Por isso, é fundamental sabermos com quem podemos nos abrir. Embora a igreja deva compreender que todos têm suas vulnerabilidades, não devemos expor nossa intimidade indiscriminadamente. Paulo, por exemplo, revelou que tinha um espinho na carne, mas até hoje não sabemos exatamente qual era. Isso mostra a importância de não expor nossas fragilidades àqueles que pastoreamos, mas sim de buscar companheiros confiáveis para nos abrir.
Nesse sentido, ninguém quer estar em um ônibus cujo motorista está desgovernado; é preciso manter o equilíbrio. A orientação de “para baixo e chorar para cima” é um ensinamento prático para essa realidade.
Além disso, a terapia é importante e deve ser valorizada, desde que os direcionamentos sejam sempre ponderados à luz da Palavra de Deus. Para pastores, a participação da esposa é fundamental, pois mulheres de pastores precisam incentivá-los a cultivar amizades profundas, aliviar o ambiente doméstico e evitar falar constantemente sobre a igreja e seus problemas.
A saúde da família pastoral tem início na intimidade do casal. O sucesso ministerial depende da união da força do homem e da mulher caminhando juntos. Por isso, é essencial incentivar o crescimento mútuo do cônjuge.
Além disso, estar em um grupo de amigos é fundamental para o equilíbrio emocional. Embora esteja tudo bem não estar bem, a amizade com irmãos em Deus é essencial. Quando você ora pedindo cura, Deus certamente apresentará amigos para você.
Por fim, não devemos nos acostumar com o que está errado; é preciso colocar as coisas em ordem. Assim como Moisés se aconselhou com Jetro e experimentou mudanças positivas, nós também devemos buscar bons conselhos e ajuda.
DOMINGOS JARDIM
Texto: Atos 2:37–47
Tema: Privilégios e desafios do crescimento
Sabemos como era a dinâmica da igreja em Jerusalém, no tempo de Atos. Hoje, 4 milhões de igrejas no mundo estão estagnadas. 2 milhões estão em declínio. Somente 1 milhão está crescendo em todo o mundo.
Se temos 110 mil igrejas e 70 milhões de evangélicos no Brasil:
— Que nível de influência estamos exercendo?
— Que transformação está acontecendo nas esferas sociais?
Quase não estamos exercendo influência, e transformações não estão acontecendo. Isso acontece porque grande parte da igreja não sabe o significado da sua missão de ser sal e luz nesta terra.
Nosso grande desafio hoje é discipular a igreja e a sociedade brasileira. Outro desafio é discipular as crianças, para não termos que consertá-las quando forem adultas.
Crescer de forma saudável deve ser o objetivo de todas as igrejas que amam a Jesus. Crescer é o objetivo de líderes visionários. Mas o grande desafio é permanecer crescendo e manter a chama acesa, o fogo do Espírito e a paixão pelo avivamento.
O problema das nossas igrejas hoje é a falta de discipulado com princípios corretos. Precisamos de estratégias eficazes e ministérios relevantes.
Com o crescimento vêm dificuldades. E os pastores precisam decidir: vão permanecer no ministério da oração e da Palavra, ou vão abandonar isso para cuidar de outras coisas? O triste é que muitos pastores têm feito a segunda opção.
A primeira onda de crescimento pode vir com uma onda de avivamento. O desafio é manter o crescimento enquanto encara os problemas. Toda igreja passa por um momento de estagnação, isso é natural, mas não podemos nos acostumar a isso. É preciso se reinventar. Repaginar os ministérios. Reinventar-se a cada ano, ou até a cada seis meses. Mantenha sua equipe encorajada, motivada e em busca do avivamento.
Quando você começa a fazer o que todo mundo está fazendo, você se torna só mais uma igreja.
Mais vale 1g de criatividade do que 1 kg de mesmice.
COMO TERMINA É O QUE CONTA
Josué 13 narra uma conversa entre Deus e Josué. Deus diz que ainda restava muita terra a ser conquistada. Um problema gravíssimo é chegar ao fim da vida e descobrir que não conquistamos tudo o que Deus queria que conquistássemos.
A missão não era entrar na Terra Prometida, era conquistar toda a terra que Deus prometeu.
Que possamos continuar desenvolvendo o ministério para a glória do Pai, para que o Cordeiro — o Filho de Deus — receba, por meio de nós, a recompensa, que foi conquistada na cruz.
Diga hoje: meus melhores dias não estão no passado, mas à minha frente, no meu futuro.