- Sessão 03 – Bispo Carlos Damasceno
Texto – base: Isaías 43:19-21
“Eis que faço coisa nova, que está saindo à luz; porventura, não o percebeis? Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo. Os animais do campo me glorificarão, os chacais e os filhotes de avestruzes; porque porei águas no deserto e rios, no ermo, para dar de beber ao meu povo, ao meu escolhido, ao povo que formei para mim, para celebrar o meu louvor.”
Perseguir ou perceber?
Deus está fazendo, você está vendo? Falar de imagem sem falar de essência não faz sentido. Nada está faltando na sua vida. Tudo que você precisa já está presente, o problema é que você talvez não reconheça – Mike Murdock.
Perceber a imagem que Deus já definiu para você é a grande chave para viver o que Deus prometeu.
O que Deus nos mostra não é possível ser apagado de nossa mente. Perseguir as coisas é um contra-senso, pois as bênçãos de Deus me perseguem. O reino de Deus é feito de boas ideias, de revelação. Perceber a grandeza do que Deus já tem liberado para mim é a grande chave para a vida de um líder. Uma revelação nos faz entrar no fluxo de Deus. O caminho para o futuro não se perfaz por velhas estradas. Mesmo no deserto, haverá a ação de Deus e Sua Presença.
1 – Perceber exige que você abandone o passado. Perseguir o que funciona pode significar que estou bloqueando o que Deus quer inaugurar. Perseguir o passado pode ser uma incredulidade disfarçada de segurança. Cuidado para não se tornar uma imagem velha de outros que estão inovando. Perseguir a lembrança do maná me faz perder os frutos da terra. Perdemos muito quando não reconhecemos o que Deus tem para nós. Insistir em coisas velhas

Que áreas da sua liderança ainda vivem de recordações e não de revelação? Você está preso ao que Deus já fez comigo ou sensível ao que Ele está fazendo?
2 – A inovação não será entregue a quem corre, mas a quem discerne. O novo de Deus se manifesta para quem está alinhado com Ele. Quem percebe primeiro, governa mais rápido. O Reino de Deus é ver antes das coisas serem materializadas. O que Deus colocou perto de você, que você ainda não valoriza?
3- Deus esconde o novo em caminhos improváveis. Jesus não se manifestou como líder político, mas como servo, como ovelha. Quais portas na sua vida estão disfarçadas de rotina e você ainda não percebeu? Será que não há coisas novas nos desertos que você não quer passar?
4 – A percepção revela um Deus que está sempre em movimento. Deus precisa de líderes perceptivos, para proclamar novidade de vida. A semente para a sua promoção está nas coisas novas que você precisa perceber. Veja e anteveja. Quem percebe o que o céu está fazendo se torna a voz que o mundo precisa ouvir. Como está sua sensibilidade ao movimento de Deus?
Jesus o que me impede de ver o que o Senhor já tem para mim? Essa deve ser a pergunta para todo líder perceber o novo que Deus já fez e está liberado para essa geração.
Que sejamos incomodados pelo Espírito Santo para andar por revelação.
- Painel 01 – Pr. Robson Thomas/ Pr. Felipe Parente / Bispo Carlos Damasceno (mediador).
Não podemos perseguir a visão “que está dando certo” sem a revelação de Deus específica. Ao olhar para fora, analisando o sucesso exterior, antes de conhecer nossa identidade e saber quem genuinamente somos, podemos perder o entendimento de nosso interior.
Inovação espiritual é mudar o método e não a missão que Deus entregou. Devemos ter a coragem para continuar avançando, mudando inclusive coisas que estão funcionando e buscando uma revelação progressiva da parte do Senhor. É preciso inovar em coragem para viver a revelação de Deus.
A inovação do céu é diferente da “moda”da Terra. Um líder precisa perceber quem quer avançar com você e quem quer somente permanecer com você.
A igreja aprendeu a lidar com a dor e não curar a dor.
O principal sintoma de um ministério que está perseguindo o novo sem revelação é ficar cativo de tendências, de trends, “ copiando e colando” outros modelos que estão funcionando.
O novo de Deus não é efêmero. A revelação de Deus é específica, gerada a partir de um tempo de oração e maturação.
Manter a inovação requer revisitar as novas gerações e manter a conexão geracional através de tempo de mesa e adoração, incluindo os jovens para manter o frescor da revelação de Deus.
Uma igreja geracional é feita de conexões!
- Sessão 04 – Bispo Marcelo Toschi
“O poder da mesa e o poder das conexões”
Quem está perto de você importa tanto quanto o que você faz.
Relações Institucionais – Laços de ordenação apostólica – Comunhão importam para definir o posicionamento de um líder.
Centralidade, Status e intermediação são métricas da ciência de redes que podem ser aplicadas à liderança eclesiástica. Influência não é apenas meŕito, mas proximidade. Influência não se constroi somente com entrega, mas com presença. A responsabilidade para gerir os recursos adquiridos e o que Deus entregou é nossa.
José, apesar de ser o mais novo dentre os filhos de Jacó, foi o primeiro a falecer.
Não tenha medo de sair de mesas cuja atmosfera é prejudicial à sua integridade.
Relacionamentos moldam destinos. A missão é mais eficaz quando compartilhada.
Relacionamento discipulador é a chave para a multiplicação exponencial.
Gênesis, capítulo 11, versículo 6, assim fala:
“E o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer.”
O poder da concordância é estabelecido pelo próprio Deus. Quando há unidade, há poder de Deus é manifesto.
Ao se colocar em mesas somente para ser visto, tendo visibilidade como foco, nossa própria identidade está sendo posta em risco.
1 – A unidade é a linguagem que libera o impossível – Amós capítulo 3, versículo 3.
2 – Concordância é alinhamento espiritual . Igrejas e equipes devem ter unidade de visão e não uniformidade. Mateus capítulo 18, versos 19-20.
3 – Concordância abre o céu, mas pode levar a ruína se for baseado em princípios errados. A motivação, a essência gerada pela mesa.
A concordância é um princípio espiritual neutro. A motivação e a direção de Deus é o que irá definir a edificação do Reino. Quando o céu encontra a concordância na Terra o resultado são milagres. A concordância libera o ambiente profético, multiplicação, cura e favor de Deus.
Unidade e concordância são chaves do céu! Estar nos ambientes certos, com pessoas certas e coração alinhado fará a diferença para o propósito eterno.
- Sessão 05 – Bispo Paulo Ortêncio
Texto- base: 2 Reis 21: 1-6
“O poder da sucessão”
Tinha Manassés doze anos de idade quando começou a reinar e reinou cinquenta e cinco anos em Jerusalém. Sua mãe chamava-se Hefzibá.
“Fez ele o que era mau perante o Senhor, segundo as abominações dos gentios que o Senhor expulsara de suas possessões, de diante dos filhos de Israel.
Pois tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai, havia destruído, e levantou altares a Baal, e fez um poste-ídolo como o que fizera Acabe, rei de Israel, e se prostrou diante de todo o exército dos céus, e o serviu. Edificou altares na Casa do Senhor, da qual o Senhor tinha dito: Em Jerusalém porei o meu nome. Também edificou altares a todo o exército dos céus nos dois átrios da Casa do Senhor.
E queimou a seu filho como sacrifício, adivinhava pelas nuvens, era agoureiro e tratava com médiuns e feiticeiros; prosseguiu em fazer o que era mau perante o Senhor, para o provocar à ira”.
Famílias fortes geram igrejas fortes. Manassés foi um rei que provocou a ira do Senhor. A paternidade, a sucessão implica, no imaginário coletivo em continuidade e obras maiores. O reinado de Ezequias, pai de Manassés, foi um reinado de reforma espiritual; todavia, o reinado posterior, de seu filho, foi mal aos olhos de Deus.
O que construímos no púlpito pode desaparecer em pouco tempo quando não desenvolvemos uma atmosfera de discipulado e fundamentos no âmbito familiar. Não basta pregar à multidão se não conseguirmos discipular aqueles que se assentam à mesa conosco.
Visão é algo compartilhado como um legado familiar.
Onde Ezequias errou em passar o legado?
1 – Omissão – Manassés é o fruto da omissão paterna. Quando não formamos no secreto, veremos a deformação no público. A obstinação é um grave pecado; o orgulho, a soberba de Ezequias expõe seu filho a um ambiente de maldição. Omissão também é pecado. Quando líderes espirituais se calam, a geração espiritual entra no modo de idolatria. O maior fracasso na vida de um líder é o sucesso sem sucessão (Myles Munroe).
2 – Distração – Ezequias era um pai distraído. Ele não percebe as necessidades familiares e as dores de sua própria família. Não podemos nos esquecer do que é imprescindível, valorando o que é importante. Discipular sua família prolonga o futuro e estende a fé para a próxima geração. Filhos percebem a atmosfera gerada pelos pais.
3 – Cuidado – Ezequias teve conquistas, mas falhou no legado, na continuidade. Não houve zelo em sua própria casa.
Não existe conexão sem mesa; filhos que vivem tempo de comunhão são discipulados a priorizar a família. O futuro é definido pela edificação dos filhos. As experiências com Deus vividas por Abraão foram compartilhadas por seu filho Jacó.
A casa é incubadora da Nação. Por trás de uma geração forte, sempre haverá homens e mulheres que os discipularam e ensinaram.
Sempre há uma porta aberta para a redenção familiar. Houve arrependimento na vida do rei Manassés, ao final de sua vida. Novos começos sempre estarão disponíveis.
A geração do justo será poderosa na Terra. As pessoas que formamos representam o nosso maior sucesso, tanto no âmbito de família natural, como espiritual. A história não termina em nós.
Púlpito passa; fé e legado ficam para a eternidade!
- Painel 02 – Pr. Paulo Ortêncio Neto/ Pr. John Faraj / Pra. Karen Toschi/ Pr. Davi Jardim/ Pr. Dito Rodrigues (mediador).
“Next Generation – Filhos Pastorais”
A grande questão acerca da filiação pastoral é aprender a amar a igreja. A identidade sob a sombra e o “manto” dos pais por vezes é um grande desafio à compreensão da construção da identidade e chamado próprios.
Deus chama cada geração especificamente. Cabe aos pais proteger a identidade dos filhos. Pais não escolhem o chamado dos filhos, mas devem os direcionar intencionalmente para viverem o extraordinário.
O mais importante para um legado familiar é a transferência da visão de Deus para o Corpo de Cristo. O ensino do amor pela igreja e acerca do serviço é fundamental para a herança espiritual.
Uma geração contará à outra os grandes feitos do Senhor!
Por: Ana Seligmann